Muito se aprendeu nas últimas décadas sobre os efeitos tanto benéficos quanto nocivos da radiação solar na saúde humana, mas a necessidade de proteção solar contra os efeitos deletérios da radiação ultravioleta (UV), principalmente na saúde da pele, já é um fato amplamente divulgado e de conhecimento do público em geral.Entretanto, apesar do uso de fotoprotetores ter aumentado na população nos últimos anos, o público pouco sabe a respeito dos mecanismos de ação destes produtos e, mesmo entre a classe de profissionais de saúde, às vezes algumas diferenças técnicas são esquecidas.
De maneira geral, os fotoprotetores têm a função de proteger a pele humana contra a radiação UV do tipo B (UVB - 280 a 320 nm de comprimento de onda), que é a principal radiação responsável pela queimadura solar, e utilizam-se da nomenclatura FPS (Fator de Proteção Solar) para indicar quanto tempo de exposição a pele suporta a mais do que se estivesse sem a proteção do foto protetor.
Também é função do fotoprotetor minimizar os efeitos da radiação UV do tipo A (315 a 400 nm), que tem ação sobre a pigmentação imediata e também sobre os vasos da pele, causando dilatação dos mesmos e vermelhidão.
Os horários mais indicados para tomar sol são antes das 10h da manhã e após as 16h. É indispensável a aplicação de filtros solares, de no mínimo FPS 15, em todo o corpo, independente do tipo ou cor da pele.
Deve ser aplicado com uma antecedência mínima de 30 minutos antes da exposição ao sol - caso o filtro não ofereça proteção imediata - e reaplicado a cada 2 horas ou após sair da água. Tomar banho de água corrente após a exposição também pode ajudar.
As próprias substâncias utilizadas para a proteção têm capacidade programada de duração quando recebem a radiação solar, e à essa propriedade dá-se o nome de fotoestabilidade. Qual é a importância disso? É esse justamente, um dos fatores mais importantes na decisão do tempo de reaplicação do produto quando se deseja uma proteção mais homogênea.
Assim, além dos horários de exposição ao sol, de conhecer os diferentes fatores de fotoprotetores para cada tipo de pele, também se deve levar em conta qual a quantidade adequada de filtro solar a ser aplicada. O ideal é aplicar, meia hora antes da exposição ao sol, 0,5g por cm2.
A preocupação com a proteção da pele vem aumentando muito nos últimos anos. A incidência da radiação solar tornou-se indesejável e os efeitos nocivos começaram a ser percebidos mais a fundo. Tomando esses pequenos cuidados, o verão pode ser aproveitado sem sustos e chateações.
Dr. Valcinir Bedin: Médico pela Universidade de São Paulo, médico visitante da Universidade Vadois - Lausanne - Suíça, pesquisador da UNICAMP, ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí, professor e coordenador do Curso de Pós Graduação em Medicina Estética - SBME, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética- Regional São Paulo, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele e delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo.
Postagens
